Primeiro constatei que hoje tudo parece resumido ao “marketing”. Existe inclusive o tal do “marketing pessoal”, vide os twitters da vida. Revistas, jornais, programas televisivos... são todos divididos e direcionados a “alvos” específicos. As revistas por exemplo: tem revista para público masculino adulto, masculino de meia idade “fitness”, revistas femininas para fêmeas descoladas, para senhoras e donas de casa noveleiras, revistas para crianças, revistas para intelectuais (estas vendem menos), revistas para pessoas de classes pobres, classes ricas, classes médias (ela ainda existe?), revistas para esportistas, amantes de carros, e muitas revistas para o público adolescente (o qual depois dos anos noventa passou-se a chamar “teen”). Sendo necessário ou não esse direcionamento exclusivo (aquele que exclui indivíduos) dos produtos materiais e culturais de hoje em dia, vou seguir no meu raciocínio sobre as revistas “teen”.
O que chama a atenção é que, em sua maioria, as revistas teen abordam temas quase sempre relacionados a FUTILIDADES e BANALIDADES da vida dos adolescentes. Ora, obviamente que a futilidade e a banalidade são partes necessárias desse grande todo cósmico universal em que nos encontramos, mas o problema é quando estes assuntos começam a predominar sobre outros de tanta ou maior importância para o nosso desenvolvimento. Nas capas, mês após mês, vêem-se jovens galãs sem muito mais a mostrar do que a sua forma física, além de chamadas do tipo: “como conseguir um corpão para o verão”, “dicas para você bombar na web”, “segredos para arrasar na balada”, “que roupa usar?”.
Mais uma vez é importante lembrar que para tudo existe uma medida, e talvez aí resida a arte do “saber viver”. Negar os assuntos fúteis seria impor a intelectualidade. Somos todos, adolescentes, adultos e idosos, ainda muito ligados nos assuntos materiais e superficiais. Queremos ter um corpo manero pro verão. É da nossa natureza, é necessário. Mas também é da nossa natureza a fome por conhecimento, cultura e espiritualidade. E aí o que rola é que negar a informação intelectual é impor a futilidade. Sem dúvida que essas revistas também possuem conteúdo educativo, mas analisando a proporção em relação aos assuntos “superficiais”, dá pra perceber quem predomina nessa balança desequilibrada.
Como veículos de comunicação em massa, as revistas “teen” deveriam possuir um senso de responsabilidade muito forte, dada a importância do papel que representam na formação do caráter dos jovens, nessa fase tão importante que é a adolescência. Torço para que a mulecada que está vindo por aí perceba isso, e corra atrás de fontes de informação que lhes tragam uma bagagem mais completa para a caminhada da vida. Fontes que não subestimem sua inteligência, e que lhes forneçam noções de ética, moral, amor ao próximo, espírito coletivo, fraternidade, cultura, história, ciência, e (na dose certa) até um pouquinho de futilidade.
13 comentários:
eu tbm acho .. pô , daqui a alguns anos , somos nós que vamos ter famílias , empregos e tudo mais , e ai , ql vai se o tipo de ética que a nossa geração vai ter , ql o tipo de moral , como vai ser a política , as escolas , e como nossos filhos vão ser criados ? ngm mais tem idéias, ngm tem sonhos ou ideais que não sejam suas próprias vontades ...
e essas revistas , na verdade , só mostram com o que o pessoal de hje se preocupa --'
Se você algum dia fizesse um blog, era mais o menos assim que eu imginava. E sobre o que foi postado: banalidade, futilidade, revistas teen;tudo isso está no que inserido em no que eu aprende a ver como filosofia natural. Uma filosofia que torna as pessoas bonecos de uma realidade modificada; em que se evita fazer confrontos com idéias que levem as pessoas a pararem de enxergar e comçarem a ver propriamente. Nem que seja um pouco, começar a ver um pouco de sua realidade em que há problemas e problemas que vão muito além do que se pensam; jutamente ver a se próprio e seus preceitos; coisa que levaria à conclusões desagradáveis que concerteza mudariam muitas coisas. E é devido a essas mudanças que inconscientemente causam temor as pessoas (a maioria) segue essa linha de realidade superficial; em que se tem uma sociedade que aparenta ter evoluido, mas isso é um reles engano daquilo que a luz ao bater nos olhos refletem.
@sandrabarreto
Eu concordo um pouco com vc,pois as pessoas tem que ter personalidade(que é o meu caso),e não ficar se espelhando nas revistas,e tipo eu não ligo so pela se o meni é bonito ou não,o que impota mesmo,é o que a pessoa tem por dentro,pois não adianta nada se a pessoa é bonita e não presta pra nada!!!!
é , concordo com vc :) as tipo : as revistas fazem esse 'tipo de futilidade' para chamar a atençao dos jovens , é logico que isso nao é uma coisa legal, mais eles estao tentando chamar a atençao dos adolescentes , e pra isso fazem BOBERINHAS como : COLIRIOS ,e um monte de coisas , eu nao to falando mal de revista nenhuma, tanto que eu adoro esse tipo de coisa, mais eu sempre achei meio exagerado da parte das revistas teen , bom é isso , concordo com vc Huggo :)
Concordo com vc. mt's revistas são mt futeis. Mas a CH, tem sim coisas que nos fazem refleti,dependendo da sua situação, sobre saúde, estudos e etc .Gostei do seu post, mostra que vc não é só BONITINHO, vc tem conteúdo. Parabéns.
Concordo cntg em muitos pontos, praticamente em todos. Leio uma revista teen e tenho que admitir que essas futilidades, às vezes, nos servem como um refúgio da realidade dura em que muitos adolescentes passam, é como vc disse tudo tem uma dose certa ;)
concordo com vc e tals... so meio que sinto pena das meninas que se humilham por um simples "oi" de um cara que se acha so por ter um rostinho bonito, e não tem 1% de conteúdo!!
Eles não tem noção do ridiculo!
mas fazê o que neh?! =]
Muito bom o texto. Realmente é o que acontece hoje em dia.
A garotada não está muito aí para o futuro, valores, educação... A maioria vive de momentos, modinhas, fofocas... Coisas que não contribuem para um bom desenvolvimento.
Como você disse, um pouco de futilidade e banalidade é necessária, mas na dosagem certa.
Abraço.
Faço das suas palavras minhas. Parabéns!
É bom lermos as vezes essas "futilidades", fofocas, besteiras em geral, mas é MUITO mais importante obtermos conhecimento! Tanra coisa tá acontecendo no nosso país, no nosso planeta e deve ter muita gente que não sabe de quase nada porque passa boa parte do seu dia atrás dos "colírios". PELO AMOR DE DEUS, o mundo não gira ao redor deles, vamos valorizar trabalhos, talento, não apenas a beleza. Cansei disso, e pelo visto você também. Sério, Parabéns.
@jessykaluz
Bem, eu acho que as revistas "teens" tem msmo muitas coisas fúteis, mas tem também informações para tal público. Extrapolam em alguns pontos, mas de certa forma, trata os adolescentes como eles querem. Muitas são baseadas em pesquisas de opinião.
Enfim, eu mesma já tive muitas dúvidas sanadas, mas também já me confundi bastante.
Acho que o mundo pede por uma reforma, e os meios de comunicação também. A VEJA, SUPERINTERESSANTE E GALILEU são excelentes revistas, que contém muitas informações, para variados públicos.
Cabe a cada um se encontrar.
Espero que se econtrem..
-Estou te seguindo.
=*
http://world-carol.blogspot.com/
muito bom,cara :D
discordo um pouco do primeiro paragrafo,acho que não é que exclui alguns se a revista for direcionada á certo público,acho que isso é bem mais diversidade que exclusão.Não sejamos hipocritas,sabemos que um assunto que interessa á um pobre nem sempre interessa á um rico,mas também não to generalizando.
adorei seu post, e começei a perceber isso a alguns meses, percebi que nada influia na minha a não ser para conversar com garotas futeis e sem conteúdo. e não é para critar mais acho que a maioria que comentou e criticou ainda lê e delira com tudo.
Futilidade é algo de pouco valor um padrão de alienação vivemos isso porque temos uma visão criada pela mídia que nos grada pelo que nos é proposto. Na maioria das vezes parece nos mostrar formulas mágicas por exemplo de como conquistar mas na verdade é mera ilusão acreditar. A dica fica ler para saber ter sua própria opinião não deixando levar por uma manipulação.
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